Você já viu isso por aí: marketing exagerado, promessas grandiosas, vídeos com apelo emocional e uma busca quase desesperada por atenção. Esse pacote virou o estereótipo do vendedor de curso online — e muita gente com conteúdo sério e valioso quer distância disso.
A boa notícia? É possível vender cursos sem se parecer com essa caricatura.
O problema não é o marketing — é o excesso
Três elementos, quando usados em exagero, geram essa imagem que causa repulsa:
- Promessas exageradas
Mostrar o potencial de um produto é importante, mas quando se vende a exceção como regra, cria-se ilusão. - Apelo emocional desproporcional
Histórias reais e inspiradoras têm valor. O problema está em usá-las como manipulação emocional. - Busca incessante por atenção
Criar “virais” a qualquer custo destrói autoridade e desgasta o público.
Separadamente, esses elementos podem ser úteis. Juntos, em excesso, geram desconfiança.
O antídoto: conteúdo fundamentado
O caminho mais sólido é criar o que chamo de conteúdo fundamentado. Ele tem três pilares:
- Fatos que sustentam a ideia
- Lógica que conduz o raciocínio
- Experiências reais que contextualizam
Esse conteúdo ajuda, ensina, e cria confiança. Não desperta emoção pelo susto, mas pelo entendimento. E ele constrói reputação no longo prazo.
Cresce mais devagar, mas dura mais
Ao adotar essa abordagem:
- O crescimento pode ser mais lento
- Mas a relação com o público é mais forte e duradoura
- A audiência te segue pelos motivos certos, e fica
Você pode — e deve — fazer ofertas claras, apresentar os resultados que seu curso pode gerar, contar histórias reais e até chamar atenção de vez em quando. Mas com equilíbrio. Evite transformar isso em fórmula.
Não se trata de eliminar o marketing. Trata-se de usar ele a favor do conteúdo, não acima dele.